Dizem que de perto ninguém é normal. Já eu digo que de longe todo mundo é legal

Já percebeu como geralmente as pessoas são ótimas (ou passam a impressão de serem ótimas) quando não há uma convivência de fato com elas? De longe tudo parece melhor: a grama do vizinho, a vida do outro, sua família, sua pessoa, até seus problemas são melhores no sentido de parecerem mais fáceis de resolver, enfim à distância tudo é mais atraente, reluz aos nossos olhos.

De longe tudo parece mais interessante do que realmente é. Quando a convivência é superficial/esporádica/casual, quando o conhecimento é "de vista", as pessoas geralmente são mais simpáticas, solícitas, educadas, pacientes, agradáveis, dão a entender que possuem somente qualidades até estabelecermos uma convivência de fato com elas. A convivência é um meio infalível e irremediavelmente enervante para se conhecer uma pessoa, para amá-la ou odiá-la.

Sempre disse a mim mesma que Deus criou o homem e o Diabo a convivência. A convivência é uma das coisas mais difíceis impostas ao ser humano (para não dizer impossível). Por outro lado, por mais que me doa admitir, a convivência é um mal necessário.

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