Padre Fábio de Mello e ex-gerente
Foi uma confusão nos preços, a placa de preço não trazia o nome do produto, o que gerou uma confusão ainda maior. A empresa poderia deixar a placa de preços mais clara, específica e assim evitar confusão, por outro lado, não é dever do funcionário ficar atento à orgarnizaração dos produtos nas prateleiras? O gerente não soube solucionar a questão, deu para perceber nas filmagens o despreparo dele, nem sequer se dirigiu ao cliente para tentar resolver. Se ele tivesse feito o trabalho dele, e com educação, tudo teria terminado bem e não haveria motivo para expor nada em internet.
Quem tem obrigação de pensar que pode perder o emprego é justamente quem tem o emprego, o cliente está pagando, tem o direito de ser bem atendido. Ao não reclamar a pessoa só está contribuindo para o estabelecimento continuar com colaboradores ruins, que atendem mal, o que não é nada bom para a reputação da empresa nem para futuros clientes. Se a pessoa fizesse mesmo questão do emprego não seria péssima trabalhando, muita gente por aí desconta no cliente as próprias frustrações, a insatisfação com a própria vida, o cliente não tem culpa, se não está satisfeito, sai, deixa a vaga para quem quer de verdade e vai saber valorizar a oportunidade.
O povo tem ranço do padre e fica destilando ódio nas redes. Se o cara tivesse sido profissional não haveria motivos para ninguém se queixar do trabalho dele, a responsabilidade não é do padre, o gerente é que deveria ter pensado nas consequências de um atendimento ruim já que preza tanto pelo emprego. O pessoal está atacando o suposto erro do padre e sendo conivente com o erro do gerente. O curioso é que essas mesmas pessoas que defendem o gerente não gostariam de ser mal atendidas, reclamariam logo.
Muita gente está criticando porque o padre é uma figura pública de grande repercussão. Quer dizer então que uma pessoa que tem visibilidade deve ser conivente com coisas erradas para não prejudicar ninguém? Que lógica doida é essa?! O fato dele ser uma pessoa pública é ótimo pprque ajuda a alertar, a melhorar o serviço prestado, corrigir possíveis erros. Se o cara prezasse pelo emprego prestaria um serviço melhor. Se não fosse o padre evitar confusão e pagar o valor real nada seria resolvido porque o gerente mostrou não ser capaz de resolver.
Um comentário que li e que achei certíssimo dizendo que gente ruim também trabalha. Gente ruim, gente sem capacidade, sem preparo, sem condição... O problema é que muitos se escoram na capa do "trabalhador/herói/guerreiro", canonizam qualquer pessoa se ela trabalha, mesmo ela odiando trabalhar ou sendo incompetente trabalhando. Até o trabalho é usado para a pessoa parecer melhor do que realmente é mesmo a pessoa só pensando em usar o trabalho para fruir coisas para si mesma, dificilmente valorizando, considerando a importância, a utilidade do seu trabalho para os demais. Basta a pessoa se esconder por trás da máscara digna do enprego para despertar a solidariedade, a simpatia automáticas dos demais que usam a mesma máscara. Não importa se é pessimo, se faz de mau jeito, se é ineficiente trabalhando, o importante é que trabalha, é o que basta para ser perdoado, exaltado e ter a cumplicidade de todos.
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